Nome Oficial

Filhas do Santíssimo e Imaculado Coração de Maria ou Filiação Cordimariana.

Fundador

Santo António Maria Claret

Lugar e data da fundação

Entre 1840 e 1850 uma ideia singular começou a rondar o coração de Claret e a “ocupá-lo diante de Deus”: a possibilidade de viver a plenitude da consagração permanecendo no mundo junto dos outros homens e mulheres, tendo por claustro o Coração de Maria. A certeza desta possibilidade, amadurecida nele pelo Espírito, ficou plasmada num livro publicado em 1850 e que intitulou “Filhas do Santíssimo e Imaculado Coração de Maria”.

Em 1943 um grupo de Missionários Claretianos alenta quatro jovens em Plasencia que acolhem com amor a intuição profética do Pe. Claret e o livro começa a ser “norma de vida” para alguns grupos de mulheres que se organizam não só em Espanha, mas também em vários locais da Europa e América.

Aprovação Diocesana

A 19 de março de 1971, solenidade de S. José, Filiação Cordimariana é aprovada pela Igreja como Instituto Secular de Direito Diocesano.

Aprovação Pontifícia

A 21 de Novembro de 1973, festa da Apresentação da Virgem Santa Maria, Filiação Cordimariana é aprovada pela Igreja como Instituto Secular de Direito Pontifício.

Espiritualidade

Entre os múltiplos dons e carismas com que Deus Pai enriqueceu a sua Igreja, o que particularmente inspira e configura a Filiação Cordimariana é o sentir-se chamada a viver, da forma mais entranhável possível, o Mistério da Maternidade mística de Maria e a peculiar Filiação com respeito a Ela. Tudo isto, desde aquela dimensão que é princípio e raiz da vida interior de Maria: o seu Coração Imaculado (Cfr. Est. Art.8). Por isso sentimo-nos chamadas a viver de maneira especial este mistério, deixando-nos modelar no Coração de Maria, ”nosso claustro”, sob a ação do Espírito Santo até chegar a reproduzir, com a maior perfeição possível, a imagem do Filho enviado do Pai, filho de mulher (Cfr. Gal 4,4) em ordem à salvação de toda a humanidade (Cfr. Est. Art.9).

Espero que conserveis sempre esta atitude de ir além, não só além, mas mais além e no meio, lá onde tudo está em questão: a política, a economia, a educação, a família... ali!

Papa Francisco

Missão

Estamos chamadas a estar presentes no mundo (Est. art 39), a centrar o nosso olhar no mundo que nos rodeia, na missão que nos foi encomendada de ser luz, sal e fermento de Evangelho que transforma a massa, nas condições ordinárias da vida: a partir da simplicidade, do quotidiano, do pequeno, do imperceptível. Desejamos contemplar o mundo com os olhos e com o Coração de Deus… com os olhos e com o Coração de Nossa Senhora!

N’Ela vivemos para prolongar a Sua maternidade espiritual no meio de todas aquelas situações que reclamam uma nova “visita” de Deus aos homens.

Procuramos discernir os sinais dos tempos, sentindo-nos responsáveis ante os desafios atuais da Igreja, as necessidades dos homens e mulheres do nosso tempo, singularmente do seu próprio ambiente, tendo preferência pelos mais pobres e necessitados, segundo os critérios evangélicos. (cfr.Est.49)

A nossa tarefa evangelizadora é tão simples, variada e universal como a própria vida e abraça, com idêntico empenho, tanto os âmbitos do trabalho profissional (escolas, universidades, hospitais, comércios, trabalho social…) como a inserção na pastoral de conjunto das respetivas Igrejas locais e a colaboração direta com outros Ramos da Família Claretiana.

Resumindo, uma Filha do Coração de Maria é uma mulher que vive desde a interioridade do Coração de Maria o mistério da encarnação de Jesus no quotidiano, na história do homem de hoje e une a radicalidade da consagração e da secularidade “para que o mundo tenha coração”.

Membros

O Instituto está formado por Consagradas, membros em sentido estrito que professam os Conselhos Evangélicos e Auxiliares, associados ao Instituto que dentro do seu estado de vida se sentem chamados a viver em plenitude o compromisso cristão para transformar o mundo com a força do evangelho, segundo o carisma do Instituto.

Modos de Vida

A pluralidade de formas de vida em Filiação Cordimariana responde às necessidades do mundo e da Igreja. Pode concretizar-se este ideal vivendo com a própria família, sozinhas ou em grupos de vida fraterna.