O Instituto Secular Masculino de Coração de Jesus (ISMCJ) foi erigido através de decreto, do Bispo da Diocese da Califórnia em Agosto de 2008. Os seus membros enquanto esperavam a sua fundação, foram provisoriamente acolhidos no seio do Instituto Secular dos Padres do Coração de Jesus, experimentando e vivendo a consagração secular segundo o espírito do fundador, Padre Pierre de Clorivière, Jesuíta.
Em 2 de Fevereiro de 1791, Pierre de Cloriviére, padre da diocese de Saint-Malo (França), que foi jesuíta até à supressão da Companhia naquele país, associou-se com nove companheiros - um dos quais era leigo - para “fazer rejuvenescer a dignidade de cristão e de sacerdote, bem como a pobreza e a humildade religiosas, para glória de nosso Senhor Jesus Cristo e salvação do mundo inteiro”. A Sociedade do Coração de Jesus então fundada, pretendia que fosse vivida, “no meio do mundo”, aquela perfeição evangélica que até então se considerava exclusiva dos religiosos. Durante os tempos difíceis da Revolução Francesa, a Sociedade desapareceu.
Em a 29 de Outubro de 1918, o Padre Daniel Fontaine, da diocese de Paris, retomou a ideia de Pedro de Cloriviére e a Sociedade reestruturou-se novamente, primeiro em França, depois em numerosos países da Europa e do mundo. Assumiu forma canónica de Instituto Secular no ano de 1952.
Em 1972, com o dinamismo do Concilio, e a intuição do padre de Cloriviére, o Instituto (até então só de padres) fez a abertura aos leigos. Acolhendo, homens, mulheres, solteiros (as), casados ou viúvos.
Em 1997, constituiu-se, a Família Cor Unum que confedera: um Instituto Secular de Padres; um Instituto masculino; um Instituto feminino e a sociedade de vida evangélica que acolhe casais, e diversos estados de vida. A Famille Cor Unum está presente nos cinco Continentes e em 34 países com 2000 membros.
O que caracteriza o ISMCJ é o estar presente de múltiplas maneiras nas “periferias”, nos combates para a justiça, na procura da paz e da dignidade de cada ser humano, irradiando a “alegria do Evangelho”. O nosso fundador, Padre de Clorivière, sacerdote Jesuíta, hoje como ontem, convida-nos a viver a vocação à santidade no seio deste mundo que Deus ama e nos confia.
Cumprimos a nossa missão na qualidade de leigos. No seguimento de Cristo, esforçamo-nos por levar uma vida contemplativa e activa, estando «no mundo» sem ser «do mundo» (Jo 17, 14). Tentamos viver entre nós uma verdadeira comunhão fraterna.
A nossa espiritualidade é inaciana. É na escola de Santo Inácio, que discernimos nas nossas vidas, no nosso Instituto, nos diversos países onde estamos, as prioridades a cumprir para que ninguém seja excluído da alegria e da esperança que traz o Senhor.
Procurámos sem cessar reconhecer a face do Cristo em cada um dos nossos Irmãos; Cuidamos a fraternidade humana, vivendo-a primeiro na nossa Família Cor Unum.
Para nós, estas atitudes e estes chamamentos tem a sua fonte no Coração de Jesus, fundamento da nossa Família espiritual. Jesus, figura de humildade, mostra para nós o caminho duma fragilidade capaz de atravessar a violência numa fraternidade sem falha. Encontramos a nossa força na oração e na contemplação do Coração de Jesus, vivendo intimamente da Sua Palavra na Igreja.
Somos muito conscientes dos riscos que temos que assumir para ir ao encontro das pessoas, dos grupos e das culturas diversas. Precisamos da linguagem do amor que fala de coração a coração e ensina-se numa escuta atenta do outro, das suas necessidades e riquezas. Esperança, coragem e perseverança são necessárias para irmos para frente, situarmo-nos às vezes contracorrente da nossa sociedade. Mas reconhecer nossas próprias fragilidades pode tornar-se uma sorte para encontrar tantas pessoas frágeis por diversas causas: encontro fraterno e benevolente, sem espírito de superioridade, deixando-se interrogar, ensinar e, mais profundamente, converter por elas.
Espero que conserveis sempre esta atitude de ir além, não só além, mas mais além e no meio, lá onde tudo está em questão: a política, a economia, a educação, a família... ali!Papa Francisco
Homens solteiros ou viúvos celibatários, vivem nas condições comuns de qualquer leigo: na família, a sós, ou em pequenos grupos de vida fraterna. Vivemos plenamente o nosso baptismo no meio do mundo; Vivemos o espírito de pobreza; Libertamos o coração ao amor; Colocamos a nossa vontade em uníssono com a de Deus; Fazemos da oração um tempo forte da nossa vida; Vivemos uma verdadeira comunhão fraterna.
“Homens no meio dos homens, queremos viver segundo o Espírito de Cristo. Queremos conhecer e amar os nossos irmãos, partilhar a sua vida e servi-los, como fez Aquele que passou entre nós como quem serve, apesar de ser Mestre e Senhor. Ele suscitará em nós o desejo de estar atentos a todos, à escuta do Espírito que age no coração de todas as pessoas”.
O Instituto é de carácter internacional.
Cada um de entre nós exerce a missão segundo o seu lugar na sociedade, a sua profissão, a sua idade.